Dor de cabeça constante não deve ser normalizada, e procurar um médico para avaliar os sintomas é uma etapa fundamental para definição do tratamento mais adequado
A dor de cabeça constante pode ser um indicativo de um quadro de Migranea, também chamada de enxaqueca. Apesar de muitas pessoas normalizarem essa condição, trata-se de uma das doenças mais incapacitantes de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Estima-se que 15% dos brasileiros sentem dor de cabeça constante, quadro que é mais recorrente entre as mulheres, acometendo 20% delas, enquanto afeta cerca de 5 a 10% da população masculina.
Índice
A dor de cabeça constante, chamada de cefaleia crônica diária, acomete entre 3 e 5% da população adulta mundial, podendo gerar prejuízos à qualidade de vida, saúde, sociabilidade e até no âmbito financeiro dos pacientes.
A cefaleia tem duas categorizações de acordo com os sintomas, frequência e, especialmente, causas da condição. São elas:
A cefaleia não deve ser normalizada, podendo estar relacionada com quadros graves e que demandam assistência médica urgente.
No caso da cefaleia primária, ela pode evoluir para uma cefaleia crônica diária que é diagnosticada quando ocorrem quadros de dor de cabeça por, pelo menos, 15 dias, em um intervalo de três meses.
A cefaleia primária pode ser resultado de alterações na atividade química cerebral, contração dos ramos do nervo trigêmeo ou tensão dos músculos da cabeça e pescoço. Também é possível que haja uma junção desses fatores. Nesses casos, os sintomas da dor de cabeça constante incluem:
Caso esses sintomas sejam identificados, recomenda-se buscar auxílio de um neurologista para diagnóstico da condição e definição do tratamento mais apropriado.
Descartada a cefaleia secundária, o especialista vai analisar quais são as causas ou fatores associados aos quadros de dor de cabeça constante.
Nesse sentido, é fundamental que o paciente saiba informar a região na qual a dor tem início, qual a duração e frequência das crises e detalhes da rotina que podem contribuir para a identificação das causas.
O início do tratamento da cefaleia primária pode ser direcionado a aspectos comportamentais do indivíduo. As crises podem estar relacionadas, por exemplo, a:
Evitar esses hábitos é uma primeira recomendação na tentativa de conter a intensidade e frequência das crises de cefaleia.
Em conjunto com a revisão dos hábitos, o especialista pode prescrever medicamentos para prevenir a ocorrência das crises ou amenizá-las caso elas surjam.
Um aspecto muito importante é que a automedicação pode piorar ainda mais a frequência e intensidade das crises, com o organismo adquirindo resistência a determinadas medicações.
Dessa forma, em caso de dor de cabeça constante não é recomendado o uso de medicamentos, a menos que prescrito por um médico que conhece e acompanha o caso.
A cirurgia de enxaqueca é a única alternativa definitiva para tratamento da cefaleia, sendo recomendada para pacientes que:
É importante que a cirurgia de enxaqueca seja indicada por um médico especialista após avaliar as particularidades do caso. Saiba mais sobre essa opção de tratamento aqui!
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Lifting facial ou preenchimento? Veja aqui
Veja Saúde, a maior e melhor revista de medicina, nutrição e bem-estar do Brasil, clique…