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O que é rinoplastia secundária?

Médico coloca ataduras no nariz de paciente deitada

14 outubro, 2020 Por:

A rinoplastia secundária tem como objetivo corrigir imperfeições resultantes de uma cirurgia plástica feita previamente.

Alguns pacientes, por motivos diversos, precisam de mais de uma cirurgia plástica no nariz, sendo ela denominada de rinoplastia secundária. Essa revisão da cirurgia tem como objetivo corrigir imperfeições que ficaram da primeira intervenção cirúrgica visando o bem-estar e a melhora da autoestima.

Um pouco mais complexa, devido as limitações de tecido cicatricial e redução de cartilagem, a rinoplastia secundária deve ser executada por um cirurgião plástico que tenha maior destreza em cirurgia no nariz. O mesmo deve ser registrado junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e, de preferência, estudioso de técnicas cirúrgicas no nariz.

Uma ressalva importante é que não existe um especialista em rinoplastia, o que ocorre é que esse profissional tem maior predileção pela técnica e se aperfeiçoa para melhor atender seus pacientes.

Veja a seguir demais particularidades da rinoplastia secundária.

Quando a rinoplastia secundária é indicada?

A rinoplastia de correção está comumente relacionada às queixas dos pacientes após terem passado cerca de 12 meses da primeira plástica no nariz. Nesse momento, o processo de cicatrização já está finalizado, o que mostra o resultado efetivo da primeira intervenção cirúrgica.

Neste momento, algumas condições podem levar o paciente a procurar pela rinoplastia secundária, sendo eles:

  • Nariz apresentou assimetria;
  • A ponta nasal não ficou com a projeção adequada;
  • O nariz apresentou tortuosidade;
  • A giba nasal não foi completamente removida;
  • Houve excesso de remoção de cartilagem;
  • Ressecção excessiva do osso;
  • O paciente passou apresentar dificuldade em respirar, ou seja, ocorreu o colapso das válvulas nasais;
  • Ocorreu um acidente em que a face foi atingida, por consequência, o nariz também.

Vale ressaltar que esse paciente precisa passar por uma avaliação criteriosa do cirurgião plástico para identificar a real necessidade da rinoplastia secundária, uma vez que essa cirurgia tem grande complexidade.

Complexidade da rinoplastia de revisão

A fibrose, tecido que se forma após uma intervenção cirúrgica, pode ser um fator de complicação na rinoplastia secundária. Mais comum em pacientes com pele grossa e oleosa, a fibrose interfere negativamente no resultado da plástica de revisão. O tecido cicatricial também, sendo imprescindível que o cirurgião plástico tenha grande destreza em rinoplastia de revisão.

Outro fator que aumenta a complexidade da segunda rinoplastia é a necessidade do uso de enxertos de cartilagem ou fáscia temporal (lâmina de tecido). Esse material é retirado do paciente, podendo ser um pedaço da costela, por exemplo. Neste caso, o tempo cirúrgico é maior e o pós-operatório pode ser um pouco mais dolorido, já que outros pontos do corpo passam por intervenção.

A técnica cirúrgica é a mesma, sendo comum o cirurgião plástico optar pela rinoplastia aberta (em que a pele do nariz é levantada, deixada exposta toda a estrutura do nariz) para que ele possa fazer as correções necessárias da forma mais completa o possível.

Recuperação da rinoplastia secundária

A recuperação de nada difere da rinoplastia primária. O paciente deve ficar afastado das atividades laborais por 15 dias, o mesmo ocorre com o convívio social. A retomada na prática de exercícios se dá 30 dias após a rinoplastia secundária.

Dor não é comum, mas como é necessário o uso de enxerto — que é retirado da costela ou da parte posterior da orelha — pode haver incômodos. Para minimizar, basta tomar os analgésicos prescritos pelo cirurgião plástico.

Essas são algumas informações referentes a rinoplastia secundária. Caso tenha interesse e necessidade, entre em contato com o Instituto Rubez de Cirurgia Plástica.


Fontes:

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica;

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;

Instituto de Cirurgia Plástica Dr. Paolo Rubez.