A cirurgia plástica do nariz está entre os procedimentos estéticos mais realizados no Brasil, entretanto, muitos pacientes interessados em realizá-la ficam com dúvidas quando se deparam com termos como rinoplastia primária e rinoplastia secundária.
Compreender quais são as diferenças entre os procedimentos é essencial para que o paciente possa tomar uma decisão consciente sobre a intervenção. Primeiramente, vamos aos conceitos. A rinoplastia primária consiste na cirurgia do nariz quando é realizada pela primeira vez pelo paciente, enquanto chama-se de secundária quando a técnica já foi feita anteriormente.
Quando optar pela rinoplastia primária?
A rinoplastia primária, por tratar-se da primeira cirurgia feita no nariz, seja com objetivos estéticos ou funcionais, pode ser realizada em qualquer paciente a partir dos 15 anos. Nessa idade a estrutura nasal está completamente desenvolvida e aqueles que estão insatisfeitos com a aparência do nariz podem submeter-se à técnica.
A rinoplastia também é indicada para pessoas com problemas funcionais nasais, como desvio de septo e hipertrofia dos cornetos que dificultam a respiração. Assim, o procedimento pode atender diferentes demandas por parte do paciente, promovendo alterações no tamanho do nariz, afinando as asas nasais, melhorando a projeção da ponta, entre outras alterações.
O procedimento pode ser realizado utilizando duas técnicas diferentes, a aberta, também chamada de exorrinoplastia, ou a fechada, conhecida como endorrinoplastia. A diferença está na localização das incisões feitas, de forma que impacta na aparência das cicatrizes.
Por tratar-se da primeira cirurgia, o cirurgião plástico tem disponível mais cartilagem, facilitando e melhorando a moldagem do nariz, além de não haver tecido cicatricial e fibrose de cirurgias prévias.
Como é realizada a rinoplastia secundária?
Diferentemente da rinoplastia primária, a secundária caracteriza-se por uma limitação da cartilagem disponível. O nível de dificuldade da segunda cirurgia é superior, pois o profissional precisa trabalhar com mais tecido fibroso e cicatricial resultantes do primeiro procedimento. Além de que revestimentos como pele e mucosa já sofreram alterações, sendo mais complexo manter uma estrutura forte para o nariz.
Pode acontecer de que em cirurgias secundárias o especialista precise de enxertos sintéticos ou extraídos de outras partes do corpo da paciente, como da orelha ou da costela para casos nos quais a estrutura nasal ficou debilitada e precisa de reforço. A rinoplastia secundária pode ser feita nas seguintes situações:
- primeira rinoplastia mal sucedida: situações nas quais a primeira cirurgia não foi realizada corretamente, causando resultados estéticos indesejados, como assimetria, tortuosidade e outros; ou problemas funcionais, como válvulas nasais insuficientes;
- insatisfação do paciente: casos nos quais não ocorrem erros de execução da técnica, mas o resultado final obtido não foi do agrado do paciente. Pode ocorrer quando, por exemplo, as expectativas e realidade do procedimento não foram corretamente alinhadas.
Devido à maior complexidade da rinoplastia secundária, é essencial procurar por um cirurgião plástico especializado em cirurgias do nariz. O intervalo entre os procedimentos costuma ser de, no mínimo, 6 meses. Isso porque o tempo de cicatrização da rinoplastia é elevado e é necessário que haja uma cicatrização completa da primeira cirurgia para que o paciente submeta-se novamente à técnica.
Para garantir um melhor resultado, o paciente deve ser honesto com o cirurgião plástico sobre as insatisfações relacionadas com a rinoplastia primária de forma que a secundária possa atender as expectativas dele.