Rinoplastia étnica é voltada para correção de características nasais associadas a grupos étnicos e deve respeitar individualidades visando resultado mais satisfatório e ético
A cirurgia plástica do nariz pode ser voltada à correção de características da estética do nariz que incomodam grupos nos quais esses atributos estão relacionados às heranças genéticas. Esse procedimento é chamado rinoplastia étnica.
A rinoplastia étnica pode ser uma alternativa aos pacientes que almejam a correção de características predominantes na aparência nasal, mas sem que haja uma descaracterização das identidades e origens. Saiba mais a seguir!
Índice
É chamada de rinoplastia étnica a cirurgia plástica do nariz que ameniza características marcadamente associadas a grupos étnicos específicos.
Os atributos físicos são herdados geneticamente, o que significa que se os progenitores têm uma característica física, as chances dos filhos a herdarem são elevadas. É por conta disso que é possível associar uma particularidade estética a povos antigos que habitaram determinadas regiões do planeta, por exemplo.
São esses elementos característicos de um grupo considerados na rinoplastia étnica, uma vez que o nariz é um dos elementos centrais na estética facial e influencia diretamente a autoestima de pacientes.
A cirurgia plástica do nariz voltada às demandas étnicas atende as insatisfações estéticas de diferentes grupos. Conheça os mais comuns a seguir!
O nariz negroide caracteriza-se pelo dorso baixo e asas nasais abertas sendo herdado das populações que habitam a África e têm grande importância na atual constituição racial brasileira.
Muitos pacientes com esse formato de nariz desejam a redução das asas nasais e o aumento do dorso nasal — o que é possível por meio de enxertos autógenos. É importante que a rinoplastia em nariz negroide não descaracterize o paciente, apenas suavizando características que ele considera incômodas.
O nariz asiático é herdado de populações que vivem na Ásia, tais como China e Japão. O Brasil teve um fluxo migratório intenso dessa região no século XX e muitas pessoas apresentam atributos nasais como dorso baixo e ponte larga.
Nesse tipo de rinoplastia étnica, uma demanda constante é pelo aumento do volume nasal, especialmente do dorso, o que também é feito com cartilagem autógena.
O nariz romano é comum em pessoas de ascendência italiana, judaica e árabe. Nesses casos, a característica étnica marcante é a elevação do dorso, com uma giba nasal proeminente.
Normalmente, na rinoplastia étnica para nariz romano, o foco é amenizar esse “carocinho” da giba nasal que é incomodo ao paciente e pode causar desarmonia com o restante da face. Para tal, é necessário fazer uma fratura no osso nasal para reduzir essa saliência.
O nariz adunco é caracterizado pela baixa projeção da ponta do nariz e, por vezes, pela giba nasal sobressalente. Nesses casos, é conhecido como “bico de águia”, uma vez que quando a pessoa sorri, esse atributo fica ainda mais marcado.
Esse elemento nasal é comum em pessoas com ascendência de alguns países da Europa, norte da África e regiões do Oriente Médio e Ásia.
A correção demandada na rinoplastia étnica é, geralmente, a redução da giba nasal associada ao levantamento da ponta do nariz por meio de enxertos para reforçar essas estruturas que costumam ser enfraquecidas.
A rinoplastia étnica pode ser voltada a correção de características marcantes de diferentes etnias e o nome deve-se a recorrência dos procedimentos que têm a amenização desses atributos como demanda central dos pacientes.
Apesar do incômodo com tais características e possibilidade de correção por meio da rinoplastia étnica, é essencial que as origens dos pacientes sejam respeitadas e consideradas no planejamento cirúrgico para evitar alterações que descaracterizam o indivíduo.
Isso significa que não é o objetivo de uma rinoplastia étnica entregar ao paciente um nariz baseado em outra etnia se não a própria, o que é um comprometimento ético que torna os resultados mais satisfatórios e esteticamente agradáveis ao paciente. Saiba mais sobre rinoplastia aqui!
Fontes:
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica;
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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