Cirurgia visa corrigir deformidades nas orelhas, sejam elas estéticas ou funcionais, e pode ser realizada a partir dos 7 anos
Muitas pessoas que têm as chamadas “orelhas de abano” — ou seja, orelhas proeminentes — se sentem bastante incomodadas com a condição, principalmente quando são jovens. Há casos, ainda, de deformações resultantes de acidentes ou traumas, má formação congênita e até mesmo insatisfação estética em relação ao tamanho ou forma das orelhas.
Quando esse incômodo passa a interferir na qualidade de vida e na autoestima da pessoa, o paciente tem a opção de realizar uma otoplastia, ou cirurgia de correção das orelhas. Esclareça a seguir a dúvida sobre otoplastia o que é?
Índice
A otoplastia é uma cirurgia que tem o objetivo de promover uma melhora na aparência das orelhas, deixando-as mais harmônicas em relação ao rosto. Ela tanto pode ser vista como um procedimento estético quanto reparador, quando corrige uma imperfeição associada a um trauma ou má formação congênita.
Para indicar a otoplastia, o cirurgião avalia o grau das alterações assimétricas e o quanto de incômodo elas trazem ao paciente, considerando também o impacto dessas características na vida social, pessoal e profissional.
No caso das “orelhas de abano”, a alteração é classificada de acordo com o grau de angulação das alterações, podendo ser leve, moderada e grave. A otoplastia pode ser realizada em pacientes com qualquer um desses graus e em qualquer idade, porém, em crianças, o procedimento é recomendado a partir dos sete anos — idade em que a orelha já está totalmente formada, tendo praticamente atingido o tamanho daquela do adulto.
Por meio da otoplastia também é possível reconstruir os lóbulos das orelhas, que podem ter sido rasgados devido a um trauma, como o uso constante de brincos muito pesados.
Antes de realizar a otoplastia, o cirurgião fará algumas recomendações aos pacientes, sendo as principais:
O tempo de jejum necessário varia conforme o tipo de anestesia aplicada. Pacientes que receberão anestesia geral devem fazer jejum total por cerca de 8 horas antes da otoplastia.
Além disso, é importante comunicar o médico sobre qualquer intercorrência que aconteça nos dias que antecedem a otoplastia, como infecções, gripe, febre e resfriado.
A otoplastia deve ser realizada em ambiente hospitalar e por um profissional especializado neste tipo de procedimento. Verifique se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e busque informações com quem já realizou a cirurgia com esse especialista.
O preparo da otoplastia tem início com a anestesia, que pode ser geral ou local, com sedação. O cirurgião é quem define qual a melhor opção para o paciente.
Com o paciente anestesiado, o médico faz pequenas incisões, geralmente atrás das orelhas, para deixar as cicatrizes bem discretas. Caso seja necessário fazer os cortes na parte da frente da orelha, eles são feitos nas dobras.
É por meio dessas incisões que o cirurgião realiza um descolamento da pele em relação à cartilagem, remodela os relevos e corrige a angulação das orelhas em relação à cabeça do paciente. O resultado é obtido por meio de suturas e da remoção de fragmentos de cartilagem em excesso — quando o desejo do paciente é o de diminuir o tamanho das orelhas. Após modelar as reentrâncias da orelha do paciente, a pele é esticada e o excesso é removido.
Terminada esta etapa do procedimento, o cirurgião usa sutura não removível na parte interna da orelha para criar e fixar a cartilagem recém moldada. A cirurgia para orelha de abano é finalizada com pontos externos.
Como a otoplastia dura cerca de duas horas, em muitos casos o paciente pode receber alta no mesmo dia, dependendo da anestesia administrada (anestesia geral exige um tempo maior de recuperação no hospital — cerca de 24 horas).
Desconforto local e dor após a otoplastia podem ocorrer. Nesse caso, o cirurgião pode recomendar o uso de analgésicos. O paciente também pode sentir coceira no local dos curativos. O importante é não os remover, pois isso pode prejudicar os efeitos da correção cirúrgica. Em geral, os curativos podem ser retirados depois de 24 a 48 horas.
Quando a otoplastia visa a correção das “orelhas de abano”, é necessário que o paciente faça uso de uma faixa de tecido compressiva por um mês. Ela deve ser retirada apenas para o banho.
O paciente pode voltar à escola ou ao trabalho dentro de 7 dias após a otoplastia. Porém, atividades mais pesadas, como a prática de esportes de contato, só poderão ser retomadas depois de um mês.
Para aqueles pacientes que fazem uso de óculos, estes devem ser apoiados por cima do curativo, desde que a haste não aperte demais a região.
Outras considerações a respeito da recuperação, bem como sobre os retornos necessários ao cirurgião plástico, deverão ser passadas pelo especialista e podem variar de acordo com cada caso.
No caso das “orelhas de abano”, os resultados são praticamente imediatos, podendo ser vistos assim que os curativos forem retirados, porém, o resultado definitivo poderá ser notado após três ou quatro meses.
Quando a otoplastia é indicada e executada corretamente, os riscos são mínimos, porém, eles existem, como em todo procedimento cirúrgico. Além dos riscos da anestesia, existem outros relacionados à cirurgia, como:
Tanto para crianças quanto para adultos, existem alguns fatores que podem contraindicar a realização da otoplastia, principalmente quando o paciente:
O valor da otoplastia varia conforme a complexidade do procedimento, o profissional que irá realizá-lo, os exames solicitados e o local onde será feita a cirurgia. O preço médio pode ficar em torno de R$ 10 mil.
Agende uma consulta com o Dr. Paolo Rubez e saiba mais detalhes sobres o procedimento de otoplastia.
Fontes
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica