Saiba quando a cirurgia é indicada e como é feita
A mentoplastia é o procedimento cirúrgico realizado para tratar a forma do mento (queixo), região que envolve a mandíbula, o pescoço e o terço inferior da face.
O formato do rosto é estruturado basicamente pelo queixo e pelo nariz. O ideal é que um esteja alinhado ao outro, por isso, há casos em que é indicado associar a mentoplastia à rinoplastia, procedimento que corrige as imperfeições estéticas e funcionais do nariz. Nariz e queixo devem, ainda, estar alinhados com a glabela, que é o espaçamento que há entre as sobrancelhas.
Ao fazer a análise de perfil do paciente, o queixo deve estar a alguns milímetros — de 3 a 6 — do lábio. Quando está muito à frente ou muito para trás, causa desequilíbrio e estranheza.
A mentoplastia é indicada para aumentar ou diminuir o queixo e para corrigir a assimetria do mento. Contudo, nem só estéticas são as imperfeições que a mentoplastia pode tratar. Existem, também, as deformidades funcionais, que serão identificadas pelo médico especialista. Com exceção dos casos de traumas, a cirurgia do mento é recomendada para pacientes acima dos 18 anos.
A mentoplastia redutora tem como intuito diminuir o mento proeminente, sendo uma técnica mais complexa, quando comparada à cirurgia para aumentar o queixo.
Antes de realizar a mentoplastia redutora o cirurgião faz uma análise facial da pessoa. Ele tirará diversas fotografias do rosto do paciente e, dependendo do caso, pode ser necessário um tratamento ortodôntico, já que os dentes influenciam a posição dos lábios e determinam o aspecto do perfil de uma pessoa.
Durante o procedimento, o cirurgião readéqua o queixo às demais proporções do rosto. Para isso, ele fará uma incisão na parte interna da boca para, em seguida, fazer a redução óssea do mento. Por fim, ele fixará novamente o queixo com o auxílio de pinos de titânio ou placas. A cicatriz da mentoplastia redutora fica localizada dentro da boca, sendo, assim, imperceptível.
A cirurgia dura cerca de 2 horas e a anestesia pode ser local com sedação ou geral, caso seja feito outro procedimento combinado.
Geralmente, o pós-operatório da mentoplastia redutora não é acompanhado por dores fortes, apenas por um desconforto leve e pouco inchaço. Porém, o tempo de recuperação é longo, podendo levar várias semanas. Os primeiros 10 a 14 dias são caracterizados pelo edema, ou seja, o inchaço da região. Nesse período, é normal haver dormência do lábio e do queixo. Após esse tempo, os pacientes podem retornar às suas atividades laborais.
É necessária atenção redobrada na hora de dormir. Deve-se manter a cabeceira elevada e dormir, de preferência, com a barriga para cima. Outro cuidado é não se expor ao sol nos primeiros 30 dias, assim como não fumar ou não praticar atividades físicas mais pesadas.
A dieta líquida é a mais indicada, seguida de uma higienização bucal completa e cuidadosa. A drenagem linfática na região do pescoço também é aconselhada, até três vezes por semana. Lembre-se de que o resultado não é imediato: é preciso esperar de três a seis meses para que a diferença seja realmente percebida, pois é nesse período que o inchaço diminui.
A retirada dos pontos, o curativo e uma avaliação pós-operatória são realizadas cerca de uma semana depois da mentoplastia redutora.
A mentoplastia redutora, quando bem indicada e executada, torna possível melhorar a aparência e a harmonia facial. A forma do queixo tem uma influência notável sobre a aparência geral da face e do pescoço. Melhorar sua forma pode ter efeitos positivos em outras áreas devido à harmonia facial que será proporcionada.
Porém, assim como qualquer cirurgia plástica, ao decidir fazer a mentoplastia redutora o paciente deve procurar um médico devidamente registrado junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Se possível, sempre é válido pedir indicações de pessoas que já realizaram o procedimento com o profissional.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;
Instituto Rubez de Cirurgia Plástica.
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