Causada por uma diminuição do fluxo sanguíneo em direção ao cérebro, doença se divide em dois tipos: familiar e esporádica
A enxaqueca hemiplégica é um gênero bastante incomum de enxaqueca. Mas quando surge em uma pessoa, é uma das migrâneas (termo técnico para enxaqueca, geralmente usado por médicos) mais incômodas e incapacitantes.
Nela a pessoa sofre de expressiva fraqueza muscular unilateral. Às vezes ocorre a paralisia total, ou quase total, da perna e do braço em um dos lados do corpo. A este quadro, damos o nome de hemiplegia.
Quando isso ocorre, o paciente costuma ficar bastante assustado – afinal, paralisia em apenas um dos lados do corpo é um indicativo clássico de derrame cerebral, hoje mais conhecido pela sigla AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Mas o médico, após fazer os exames indicados para o caso, deve tranquilizar o paciente – a enxaqueca hemiplégica não é um AVC.
Ela é, na verdade, causada por uma constrição da artéria basilar, a qual fornece sangue a todo o tronco cerebral. Por esse motivo, a enxaqueca hemiplégica também é conhecida como enxaqueca basilar.
Índice
São duas as manifestações possíveis de enxaqueca hemiplégica: a familiar e a esporádica.
Afirma-se que o paciente sofre de enxaqueca hemiplégica familiar quando mais de um membro de sua família apresenta a doença.
Porém, se só há um caso conhecido deste mal na família, temos um quadro de enxaqueca hemiplégica esporádica.
As enxaquecas hemiplégicas familiares apresentam três subtipos: o 1 (EHF1), o 2 (EHF2) e o 3 (EHF3). Todos agem da mesma forma sobre o corpo humano. O que os diferencia são os genes que sofrem mutação em cada subtipo e que causam a doença. A enxaqueca hemiplégica, portanto, é um mal de origem genética.
Um aspecto curioso da enxaqueca hemiplégica é o fato de que ela, às vezes, não causa dor de cabeça. Isso parece estranho, porque associamos a palavra enxaqueca, justamente, a dores de cabeça frequentes, dolorosas e prolongadas.
Mas isso se dá somente em uma minoria. Nos demais casos da doença, os sintomas que se apresentam são:
Os sintomas mais drásticos da doença (problemas de visão, fraqueza muscular) são chamados de fase de aura da enxaqueca. Quando ocorrem, geralmente duram cerca de 1 hora. Depois que cessam, vem a dor de cabeça associada a toda enxaqueca.
O combate a essa doença é, essencialmente, medicamentoso.
O tratamento da enxaqueca hemiplégica é feito com agentes normalmente usados para abortar ou prevenir a enxaqueca, mas que não potencializam o risco de vasoconstrição cerebral.
Os fármacos usados contra a modalidade esporádica da doença são:
Já os pacientes com enxaqueca hemiplégica familiar devem fazer uso da acetazolamida.
Por fim, a lamotrigina e a cirurgia contra a enxaqueca com o uso de toxina botulínica são alternativas nos casos que não respondem à terapêutica descrita.
Em se tratando de uma forma de migrânea tão complexa como a enxaqueca hemiplégica, é muito importante que se busque ajuda com profissionais altamente especializados.
O Dr. Paolo Rubez é cirurgião plástico, formado pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Tem significativa experiência, por exemplo, no combate a migrâneas via uso da toxina botulínica (botox).
Fontes:
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