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Conheça os sintomas da enxaqueca hemiplégica

Homem com as mãos na cabeça com dores

7 março, 2022 Por:

Causada por uma diminuição do fluxo sanguíneo em direção ao cérebro, doença se divide em dois tipos: familiar e esporádica

A enxaqueca hemiplégica é um gênero bastante incomum de enxaqueca. Mas quando surge em uma pessoa, é uma das migrâneas (termo técnico para enxaqueca, geralmente usado por médicos) mais incômodas e incapacitantes.

Nela a pessoa sofre de expressiva fraqueza muscular unilateral. Às vezes ocorre a paralisia total, ou quase total, da perna e do braço em um dos lados do corpo. A este quadro, damos o nome de hemiplegia.

Quando isso ocorre, o paciente costuma ficar bastante assustado – afinal, paralisia em apenas um dos lados do corpo é um indicativo clássico de derrame cerebral, hoje mais conhecido pela sigla AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Mas o médico, após fazer os exames indicados para o caso, deve tranquilizar o paciente – a enxaqueca hemiplégica não é um AVC.

Ela é, na verdade, causada por uma constrição da artéria basilar, a qual fornece sangue a todo o tronco cerebral. Por esse motivo, a enxaqueca hemiplégica também é conhecida como enxaqueca basilar.

Quais são os tipos de enxaqueca hemiplégica?

São duas as manifestações possíveis de enxaqueca hemiplégica: a familiar e a esporádica.

Afirma-se que o paciente sofre de enxaqueca hemiplégica familiar quando mais de um membro de sua família apresenta a doença.

Porém, se só há um caso conhecido deste mal na família, temos um quadro de enxaqueca hemiplégica esporádica.

As enxaquecas hemiplégicas familiares apresentam três subtipos: o 1 (EHF1), o 2 (EHF2) e o 3 (EHF3). Todos agem da mesma forma sobre o corpo humano. O que os diferencia são os genes que sofrem mutação em cada subtipo e que causam a doença. A enxaqueca hemiplégica, portanto, é um mal de origem genética.

Sintomas da enxaqueca hemiplégica

Um aspecto curioso da enxaqueca hemiplégica é o fato de que ela, às vezes, não causa dor de cabeça. Isso parece estranho, porque associamos a palavra enxaqueca, justamente, a dores de cabeça frequentes, dolorosas e prolongadas.

Mas isso se dá somente em uma minoria. Nos demais casos da doença, os sintomas que se apresentam são:

  • Fraqueza corporal, sensação de não mais controlar braços e pernas;
  • Eventualmente, paralisia ou semiparalisia de apenas um dos lados do corpo;
  • “Queda”, ou abatimento, dos músculos e da pele do rosto (sintoma raro);
  • Sensação de tontura;
  • Distorções no campo visual – visão dupla (diplopia), ou perda parcial da visão (sintoma raro);
  • E, é claro, intensa cefaleia (denominação clínica da dor de cabeça).

Os sintomas mais drásticos da doença (problemas de visão, fraqueza muscular) são chamados de fase de aura da enxaqueca. Quando ocorrem, geralmente duram cerca de 1 hora. Depois que cessam, vem a dor de cabeça associada a toda enxaqueca.

Tratamento da enxaqueca hemiplégica

O combate a essa doença é, essencialmente, medicamentoso.

O tratamento da enxaqueca hemiplégica é feito com agentes normalmente usados para abortar ou prevenir a enxaqueca, mas que não potencializam o risco de vasoconstrição cerebral.

Os fármacos usados contra a modalidade esporádica da doença são:

  • Verapamil;
  • Flunarizina;
  • Topiramato;

Já os pacientes com enxaqueca hemiplégica familiar devem fazer uso da acetazolamida.

Por fim, a lamotrigina e a cirurgia contra a enxaqueca com o uso de toxina botulínica são alternativas nos casos que não respondem à terapêutica descrita.

Em se tratando de uma forma de migrânea tão complexa como a enxaqueca hemiplégica, é muito importante que se busque ajuda com profissionais altamente especializados.

O Dr. Paolo Rubez é cirurgião plástico, formado pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Tem significativa experiência, por exemplo, no combate a migrâneas via uso da toxina botulínica (botox).

 

Fontes:

Dr. Paolo Rubez

Ministério da Saúde